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A vida dançante é a chance de curar uma gente enfadada,
Estatelada no meio do salão, de tanto desencanto.
É dança a vida que reembala a fé popular,
que leva o cansado a transcender o tédio,
que reboleia as palavras quando tudo silencia insosso
Refolia é a arte do Salvador
Ele faz cirandar palavras,
desejos,
fé,
amores,
quimeras,
fantasias
e sara nossa imaginação cansada
Um viver festivo é a volta do arrasta-pé onde tudo era só desgosto.
Antes de ensinar verdades, a pele,
Aquém das abstrações, os afetos,
A despeito dos regulamentos, o toque,
De costas para o Templo que sacrifica o corpo,
Sob o escândalo da sinagoga que nega os prazeres,
Quando ainda olhos não viam,
Quando ainda doutrinas asfixiavam,
Quando ainda os corpos eram feitos inimigos
Jesus viveu pagodeiramente,
insinuantemente,
dançarina e divinamente um corpo entre nós.
Festejou, tocou, chorou, cuspiu, lavou, contou, transtornou, mergulhou, desandou, enxergou, reuniu, chamou, ensinou,
dançou histórias entre tantos,
entre cantos,
entre olhares
Entre abraços.
Reconciliou divertidamente o corpo com o próprio corpo
Comeu e bebeu e amou entre folguedos,
Inventou histórias e fez sambar utopias
Repartiu pães e coreografou a misericórdia
Pediu água e despertou a sede da mulher
Espelhou consciências e as pedras caíram das mãos dos homens
Ouviu a desprezível siro-fenícia e reaqueceu corações
Comeu feliz com um rico maldito e fez valsar a compaixão
Bem antes de alguém chamá-lo de Deus,
Ele dançou divinamente nossas festas,
Fazendo bailar dignidades na roda-viva
Nietzscheanamente escandaloso,
Forrobodomente insinuante,
O Deus de Jesus é “Um Deus que Dança”
E convida você a entrar na ciranda de uma nova fé
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